sábado, 31 de janeiro de 2015

Sentires

Silenciosamente 
aflorando no infinito,
arejando suavemente 
imponentes murmúrios ,
extremos pensamentos 
vertiginosamente apressados.
Insidiosamente questiono 
sistematicamente 
cada sentido exprimido 
veementemente na impaciência 
tumultuosa de um coração .
Precipitadamente fustigado 
ressurgem premeditadamente
 cada um como prenuncio,
 sôfrego de viver .
Profundamente escuto cada um ,
invisíveis  pela transparência 
busco revelações ,
em cada impulso
 emitentes sentimentos.
Esplêndidos sentires 
inquietantes ,
enigmáticos e misteriosos  ,
sedentos de viver 
reais ou imaginários ,
próximos ou longínquos ,
motivados pela ânsia de viver.
Suavemente 
estremeço do sonho 
encoberto na realidade ,
protegido nos sentires
tranquilamente deixo-me levar ,
no ínfimo instante cipreste da alma.

Emanuel Moura 

sábado, 24 de janeiro de 2015

Imaginando

Flutuando bem alto 
no infinito do limite da pura imaginaçao,
pacientemente deixo-me extrair ,
dominado pela invisivel inspiraçao do sonho,
equilibrado pela suave leveza dos sentimentos .
Inconscientemente na irreverencia  
dos pensamentos impulsionadores, encurralados 
no bater do coraçao ,acomodados em murmurios
incontestaveis ,provocadores de goticulas
palpitantes vertentes da pura imaginaçao.
Sensivel crepusculo
que cedes ofegante ,abruptamente
quedas num inquietante silencio amainado ,
tremulo mergulhas inadvertidamente
nas profundezas do teu ser .
Cintilante perspectiva da vida
 distorcida da realidade emergida nas memorias
 futeis da imaginaçao ,sobrevives a tua propria
hibernaçao melancolica desse nobre
coraçao suspenso por momentos .

Emanuel Moura 

sábado, 17 de janeiro de 2015

Doe-se

Desprezado ser  
que vives neste mundo 
desapega desse coraçao 
que te machuca a consciencia.
De que servem os teus olhos
 se nao consegues enxergar  
a tua consciencia,
peregrino desvaneces 
em  teus pensamentos  
sedentos de sabedoria ,
 mortos em ti mesmo. 
Soberbo,avarento,inquieto 
vives enganado em ti proprio 
 afogado em delirios 
num coraçao fatigado 
pela falta de amor 
da fraqueza do nada sei 
na eterna obscuridade da escuridao .
Neste milagre que e a vida
 anexa-se a tua imperfeiçao ,
preciosas  palavras 
suspiradas nos pensamentos 
consumidas pelos sentimentos 
infinitos de uma alma 
cega de espirito ,
renegada de um coraçao dorido.

Emanuel Moura  

Solidao apenas existe para quem faz da vida uma eterna escuridao .
Cegos sao todos que pensam que nao necessitam dos outros .
Infelizes sao as pessoas que nao tem amor no seu coraçao .
Amar e acima de tudo ver nos pormenores da vida a eterna felicidade .
Momentos sao todos quanto a vida me concede ,altos e baixos ,mas 
com a certeza que tudo na vida e uma eterna aprendizagem .

domingo, 11 de janeiro de 2015

Liberté

Insondáveis desígnios do ser humano
predestinados no seu interior,
 ligados a vínculos adoptivos de obediência ,
cumprindo vontades consumadas.
Redenções barbaras 
feitas de crescentes flagelos sangrentos ,
incrementados pela morte 
de inocentes visíveis da liberdade .
Sacrifícios mortais testemunhas da maldade 
pérfida das sementes do abismo ,
fielmente derramadas de um coração frio ,
germinado pela abnegação  refulgente
de almas agonizantes .
Triste a natureza humana ,
defectível sustentada sobre a terra 
dotada pela complexidade inconsistente
subsiste a maldade intolerável ,
perdidos na ambição cruel
sacrificando predestinados inocentes.

Emanuel Moura 



sábado, 3 de janeiro de 2015

38 anos

Incrivelmente mais um ano se passou a
minha viagem permanece na minha própria 
existência, como um livro aberto sem fim 
interminável em cada virar de pagina 
 cheio de sequências infinitas de momentos .

Comportamentos humanizados pelo tempo,
corrompidos pela incompletude do mundo 
devorados na insensatez do homem 
insolentes abismos que no meus pensamentos
tantos vazios me deixas.

Recomeços cheios de esperança ,trilhando
novos caminhos cheios de sonhos,
imaginando nos pensamentos 
a loucura prodigiosa da vida amando 
e devorando os despropósitos do coração.

Carrego no meu corpo o peso do tempo ,
na minha alma a luz  da eterna esperança ,
no meu coração a doçura de um amor infinito,
peço perdão se um dia  fiquei em falta 
pois motivos não faltam para continuar a viver.

Emanuel Moura