Na eternidade
um brilho derramado
ressoando sublime
silêncio penetrante
um puro instante
de latejante miopia
resvalando implacável
dormência mágica
repleta de mistérios
inquietantes vividos
na completa insatisfação
pela ânsia do viver
pungente dos sonhos
polidos incessantemente
na memória possuída
pelo tempo feito presságios
da eterna ilusão do silêncio
levemente diluídos
em murmúrios ressoados
no pêndulo das horas
num desejo subtil
permanente inesgotável
fulminante da felicidade .
Emanuel Moura