Num sopro
feito promessa
grita um silêncio
de uma espera
que placidamente
oscila num repente
temporal sem destino
parto vagueando
num ressoar encantador
mergulhando de corpo e alma
temporal sem destino
parto vagueando
num ressoar encantador
mergulhando de corpo e alma
num êxtase envolvente
de um fulgor indivisível
trilhando na simplicidade
puro êxtase
de um afago desnudo
sigo remando sedento
num descarte aparente
vislumbrando a cada instante
um sentir insubstituível
que espreita acalente
almejado despertar
que embala num sopro
envolvente de uma carícia
que me trespassa
e me agita .
Emanuel Moura